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Mercado de meias-calças tem ritmo moderado de recuperação

As meias femininas, em geral, são consideradas complementos de moda. Mas quando chega o inverno, esta peça do vestuário sobe muitos pontos no ranking, conquistando status de acessório indispensável na estação.

Seja por proteção contra o frio, seja por motivos estéticos, as meias ganham especial atenção dos fabricantes. As meias finas femininas são as que passam por maior transformação, ganhando texturas, brilho e efeitos de tramas.

A cartela de cores acompanha a temporada. Mas é muito comum as meias servirem de contraponto na composição dos looks. As roupas são escuras? As meias surgem em cores vivas – azul, pink, amarelo, verde, numa alusão ao efeito “dopamina” na moda.

Mas o diferencial pode estar também nos efeitos de superfície. No caso, seriam os pontos trabalhados, formando rendas, geométricos, riscas, nervuras e tudo o mais que o maquinário de última geração pode oferecer.

As meias esportivas seguem a proposta da moda, surgindo em cores vivas e diversas, com variações de padronagens, indo dos geométricos, florais e românticos aos toques de humor dados por figurativos.

Carros-chefes do setor

A moda contribui, enfim, para movimentação neste setor do vestuário, que em 2021 teve uma produção de 613,9 milhões de pares. Já em 2022, houve queda de 3,4% no volume produzido, ficando em 593,3 milhões de pares. Os dados são do Estudo do Mercado Potencial de Moda Íntima e Meias 2023, pesquisa detalhada que o IEMI faz, trazendo índices relevantes a respeito da indústria e da produção do setor.

O levantamento do IEMI aponta que a meia-calça é o segundo artigo mais fabricado no segmento das meias, com 19% de participação no volume total, ficando atrás apenas dos volumes de meias soquetes e de cano curto. Ainda assim, a produção de meias-calças apresentou queda de 6% em 2022, com o registro aproximado de 111,2 milhões de pares.

Em 2020, no entanto, auge da pandemia e marcado por longo período de fechamento de indústrias e lojas físicas, o crescimento da produção de meias-calças foi de discreto 0,5%. O crescimento da produção de meias em geral, por sua vez, chegou a 2%.

Recuperação em ritmo moderado

O estudo realizado pelo IEMI assinala que a produção do setor de meias como um todo, durante o ano de 2020, auge da pandemia, apresentou uma queda de 12,5%.

Já em 2021, houve moderada recuperação na produção de meias em geral, com um aumento de 5,5% no volume total de pares. Em números, isto significa dizer que a produção foi de 582 milhões, em 2020, para 614 milhões de pares em 2021.

O mesmo estudo do IEMI aponta instabilidade no período de três anos, já que o volume fabricado em 2022 apresentou recuo de 3,4% sobre 2021. Mas, em relação a 2020, a alta foi de 2%.

Faturamento da indústria

Ao contrário dos números de produção, em 2022, o montante faturado pela indústria teve alta aproximada de 2% em relação ao ano anterior. Neste período, o setor de meias movimentou cerca de R$ 2,9 bilhões.

Deste total, R$ 692 milhões correspondem às vendas na indústria de meias-calças, cifra que ficou 2,5% abaixo da marca alcançada em 2021.

Números do comércio global

O grande player do setor de meias no mercado mundial é a China, que respondeu por 40,7% das exportações em 2021. A Turquia vem em segundo lugar, com 9,2% das exportações globais. Alemanha e Itália vêm a seguir, com 5,4% e 4,8% do total, respectivamente. Isto significa dizer que, juntos, os quatro países responderam por mais de 60,1% das exportações de 2021. Já o Brasil ocupa apenas a 69ª posição, participando com 0,04%.

Já do ponto de vista das importações, os Estados Unidos lideram com 21,2%, seguido pela Alemanha (9,1%) e Japão (6,4%). A França ocupa o quarto posto, com 5,7% das importações mundiais de meias em geral. O Brasil ocupa a 37ª posição neste quesito (0,4%).

Para mais informações sobre o segmento de moda íntima no Brasil, acesse o Estudo do Mercado Potencial de Moda Íntima e Meias 2023, bem como o site do IEMI (iemi.com.br/vestuário).

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