UFRN desenvolve novo processo de beneficiamento têxtil
O procedimento de tingimento, com adição de nanopartículas, permite que os tecidos adquiram propriedades antimicrobiana e bactericida, além de proteção ultravioleta.
O tingimento de tecidos pode ganhar uma nova função. Além de modificar a cor da fibra têxtil, propriedades multifuncionais como ação antimicrobiana, bactericida e proteção ultravioleta podem ser adicionadas às malhas, tecidos e tecido não tecido (TNT). Foi o que concluiu Iris Oliveira da Silva durante sua tese de doutorado no Programa de Pós-graduação em Engenharia Têxtil, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
O novo processo de tingimento por esgotamento ou exaustão aplicado a nanopartículas, possui características e propriedades superiores aos já existentes no mercado. “A principal diferença é que quando se aplica as nanopartículas aos substratos têxteis, a adesão e a durabilidade que esse material consegue adquirir durante os processos de lavagem será muito superior”, explica Iris.
A pesquisadora destaca que a aplicação pode beneficiar tanto os consumidores como o setor produtivo. O tingimento com as nanopartículas pode ser realizado em larga escala e com o maquinário que a indústria já possui. “Quando se fala das últimas tecnologias de máscara de proteção, por exemplo, se você vai comprar uma que tenha um fator de proteção maior, você paga 70% a mais quando comparada às mais simples de tecido. Nesse caso, você terá uma máscara de tecido com característica de proteção próxima daquela que tem um custo mais elevado”, ressalta.
O procedimento, denominado ‘Processo de esgotamento de nanopartículas orgânicas e inorgânicas em substratos têxteis (malha, tecido e não-tecido) com o uso de máquina de tingimento fechada e controle de tempo, temperatura e pressão’ recebeu, em maio, o patenteamento pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
CCS/CAPES